Apraxia de fala na infância, curso Dra. Elisabete Giust e a ABRAPRAXIA em Belo Horizonte

Apraxia de fala na infância, curso Dra. Elisabete Giust e a ABRAPRAXIA em Belo Horizonte

Nos dias 08 e 09/02 aconteceu em Belo Horizonte, na Faculdade de Educação da UFMG, o curso ministrado pela Dra. Elisabete Giust sobre apraxia de fala. O primeiro dia foi destinado principalmente aos pais de crianças com apraxia e o segundo dia destinado a fonoaudiólogos.

Participei no segundo dia e tenho muitas informações para compartilhar! A primeira é necessariamente sobre o curso e as atualizações passadas e o segundo aspecto que gostaria de compartilhar é sobre a Associação Brasileira de Apraxia de Fala, mais conhecida por ABRAPRAXIA.

Fonte: ABRAPRAXIA

A Dra. Elisabete Giust é fonoaudióloga e há muitos anos vem se dedicando ao estudo da Apraxia de Fala no Brasil. Há poucos anos, poucas informações sobre esse transtorno eram conhecidas. A apraxia de fala começou a ser mais estudada a partir das dificuldades encontradas no diagnóstico e tratamento de alterações de fala na infância com prognóstico desfavorável. A falta de precisão e consistência dos movimentos de fala na ausência de déficits neuromusculares são características do quadro de apraxia. A alteração ocorre no planejamento e/ou na programação de parâmetros espaço-temporais das sequências dos movimentos, resultando em erros na produção dos sons da fala e alterações prosódicas.

Como exposto no curso, a apraxia de fala é um transtorno neurológico dos sons da fala, na ausência de déficits neuromusculares, por isso a terapia tradicional fonoaudiológica voltada para o treino de motricidade oral (ex. treino de força devido a um “tônus alterado”) e estimulação de linguagem podem ser pouco eficazes (ou muitas vezes não eficazes) na intervenção deste transtorno.

A Dra. Elisabeth Giust também comentou a respeito das pesquisas que estão em andamento no Brasil. A Universidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul está com estudos muito significativos direcionados a normatizar e traduzir protocolos internacionais de avaliação da apraxia de fala como o DEMSS –Dynamic Evaluation of Motor Speech Skill (Strand e MacCauley).

Neste curso tive também a oportunidade de conhecer mais sobre a Associação Brasileira de Apraxia de Fala, a ABRAPRAXIA. Fiquei encantada! Essa associação foi formada em 2016, por um grupo de pais, que se reuniram em torno e em prol da divulgação da apraxia.

Hoje a ABRAPRAXIA é presidida pela Fabiana Collavini Cunha, mãe da Ana Beatriz, que tem apraxia de fala. A Fabiana, juntamente com mães e pais incríveis como a Dayene, Carol, Pollyanna, Bruna, Sara e Luana, estiveram presentes durantes os dias de curso apoiando a divulgação de conhecimentos.

Fonte: ABRAPRAXIA

Mas não é só isso! Esses pais batalham muito, muito mesmo, e são muito guerreiros! A associação conseguiu realizar 4 conferências nos últimos anos (2015, 2016, 2017 e 2018), levam cursos para todo o Brasil e possuem materiais informativos que podem ser solicitados pelo site da ABRAPRAXIA (www.apraxiabrasil.org).

Em 2018 eles tiveram muitas conquistas e dentre elas o desenvolvimento de uma música sobre a apraxia de fala que indico muito que vejam (https://apraxiabrasil.org/aconteceu/musica-da-apraxia-de-fala-na-infancia/). Tive a oportunidade de conhecer a música no final do curso e ver o quanto motiva e emociona os pais e as pessoas que estão em contato diariamente com crianças com apraxia de fala.

Desejo fortemente que 2019 seja de muitas conquistas para as famílias, profissionais, e as crianças com apraxia de fala!

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