A paixão pela Fonoaudiologia!


A minha admiração pela Fonoaudiologia surgiu quando eu tinha 5 anos. Nesta idade precisei fazer fonoterapia para uma rouquidão persistente. Então, desde este momento cresci com a ideia de cursar o curso de Fonoaudiologia quando eu terminasse o ensino médio. Em 2005 passei no vestibular da UFMG e desde então passei a me dedicar ao curso e a todas as oportunidades de participação em projetos de extensão das mais diversas áreas da Fono. Foram muitos projetos que participei, desde os que envolviam disfagia, voz, motricidade oral e audição. O meu primeiro contato com o tema “Processamento Auditivo”, fora do ambiente de “aula”, surgiu quando desenvolvi meu projeto de monografia com a professora Dra. Stela Maris Aguiar Lemos no qual estudamos o processamento auditivo em estudantes do inglês. Foi fantástica esta experiência, na qual me direcionou olhares para um assunto extremamente importante para a aquisição e desenvolvimento de linguagem e aprendizagem. Em 2008 cruzei caminhos com o Dr. Nilton Alves de Rezende e o Dr. Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues, médicos e professores da Faculdade de Medicina da UFMG, que desenvolviam um projeto inicial no Hospital das Clínicas sobre uma doença chamada Neurofibromatose. Passei na seleção para bolsista de iniciação científica e desde este momento comecei a participar do grupo de pesquisas em Neurofibromatoses e ajudar a professora Carla Menezes da Silva com a sua pesquisa de doutorado sobre “voz e motricidade oral na NF1”. O “insight” de que os pacientes com NF1 pudessem ter distúrbio do processamento auditivo surgiu durante a minha observação dos atendimentos que os pacientes tinham grande dificuldade de prestar atenção, eu precisava repetir várias vezes as mesmas informações e eles relatavam grande dificuldade de compreender em ambientes ruidosos. Fizemos a avaliação do processamento auditivo de um paciente com 31 anos e confirmamos nossa suspeita! Os pacientes com NF1 poderiam ter distúrbio do processamento auditivo. Mas para comprovar essa afirmação desenvolvemos um projeto maior, meu projeto de mestrado, com 25 pacientes com NF1 e comprovamos que os indivíduos com NF1 tem alterações significativas no processamento auditivo associadas as alterações de linguagem e aprendizagem. A partir daí surgiu um novo desafio! Será que os pacientes com NF1 respondem a intervenção “treinamento auditivo”? Desenvolvemos um novo projeto, eu agora no doutorado, no qual treinamos 22 indivíduos com NF1 e os acompanhamos por um ano para observar se o treinamento auditivo é eficaz. Vimos com o nosso estudo que o treinamento auditivo é eficaz e que os pacientes respondem bem a intervenção. Com mais este desafio vencido, agora meu objetivo de 2016 é compartilhar com outros Fonoaudiólogos a minha experiência na avaliação do processamento auditivo, linguagem e aprendizagem, além dos meus conhecimentos relacionados ao treinamento auditivo! Espero que seja útil para a todos!

NF Conference 2015 – Monterey/Califórnia

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