Como lidar com o diagnóstico de um transtorno de aprendizagem?
O diagnóstico de um transtorno pode ser inicialmente perturbador. Muitas dúvidas e medos podem surgir e cada membro da família pode reagir de forma diferente à situação. Em geral, as famílias que resolvem bem seus conflitos são as que melhor enfrentam um diagnóstico, pois são capazes de conversar e se apoiar.
Logo após o diagnóstico, muitos sentimentos podem emergir: raiva, tristeza, arrependimento por atitudes e decisões anteriores, ansiedade em relação ao futuro da criança ou jovem, entre outros. É importante que todos possam se permitir sentir e até sofrer, para, em seguida, se encher de força e enfrentar as situações que um Transtorno Específico de Aprendizagem trazem para a vida da criança/jovem e sua família. Algumas atitudes são bastante benéficas para esse processo:
Converse com a equipe interdisciplinar que fez o diagnóstico e/ou com os profissionais que acompanham seu(sua) filho(a).
• Procure compreender por que chegaram a esse diagnóstico, quais são os potenciais e dificuldades específicas do seu(sua) filho(a) e como será o tratamento.
• Não tenha receio de perguntar, mais de uma vez, se for preciso.
• Peça informações sobre o transtorno e orientações a respeito de como ajudar a criança/jovem.
Procure informações sobre o Transtorno Específico de Aprendizagem
• Conhecer a dificuldade ajuda a diminuir a insegurança e o medo.
• Reconhecer certas características de seu(sua) filho(a) pode auxiliar na compreensão de certos comportamentos.
• É possível procurar informações e apoio em universidades, onde geralmente há clínicas-escola, ou buscar em seu município algum núcleo de atendimento ligado à área de educação e saúde.
Fale com seu(sua) filho(a) a respeito do problema.
• Converse com a criança/jovem a respeito de sua condição.
• Lembre-se de adequar sua fala à idade e à possibilidade de compreensão de seu(sua) filho(a).
• Você pode ir aumentando a complexidade de informações e perguntas a medida que ele(a) cresce.
• Nunca deixe de escutá-lo(a).
• Permita que ele (ela) também expresse seus medos, dúvidas e angústias e o(a) acolha.
• Esclareça que a condição dele(a) nada tem a ver com o quanto ele (ela) é inteligente.
Encontre ou forme associações ou grupos de apoio
• Pertencer a um grupo pode ser reconfortante, pois percebe-se que outras pessoas passam por dificuldades semelhantes e não se está só.
• A troca de ideias e experiências enriquece e beneficia a família como um todo.
• Os pais podem sentir-se mais seguros e os filhos, mais bem compreendidos e amparados.
• Além disso, esses grupos promovem maior conhecimento sobre o transtorno e fomentam a participação dos integrantes como cidadãos, incentivando-os a lutar também politicamente pelos direitos de seus (suas) filhos(as).
Fonte:
Conversando com os pais sobre como lidar com a Dislexia e outros transtornos específicos de aprendizagem. Instituto ABCD.