Diagnóstico diferencial para pacientes idosos com queixas de dificuldades de reconhecimento de fala

Diagnóstico diferencial para pacientes idosos com queixas de dificuldades de reconhecimento de fala

 
     Quem nunca ouviu as queixas: “você fala muito baixinho…”, “nossa… aqui tá muito barulhento!”, “não estou te escutando… repete!”. As principais queixas referidas pelos idosos diz respeito à dificuldade de compreensão de fala, principalmente em ambientes ruidosos. Algo que gostaria muito de comentar com este tema é: “Os sintomas acima exemplificados NÃO PODEM SER EXPLICADOS APENAS PELA PRESENÇA DE UM PERDA AUDITIVA PERIFÉRICA!!!”. Pesquisas recentes sugerem que dificuldades de percepção de fala podem ser também devido a um declínio no processamento auditivo temporal que está relacionado com a idade. Além disso, outros fatores associados ao envelhecimento como a atenção, memória, competência linguística e escolaridade, tem participação determinante no reconhecimento de fala.
     Então NÃO basta “COLOCAR UM APARELHO AUDITIVO E PONTO”! Deve-se fazer um diagnóstico do comprometimento auditivo periférico, do comprometimento auditivo central, e de funções superiores como: atenção, linguagem e memória para um melhor sucesso terapêutico.
 
     Abaixo deixo sugestões de instrumentos para a avaliação:
 
* Avaliação auditiva periférica (audiometria e imitanciometria);
* Avaliação do processamento auditivo (dicótico de dígitos, padrão de frequência e de duração sonora, memória sequencial verbal e não verbal, dicótico de dissílabos alternados – SSW);
* Função cognitiva: Mini-exame do Estado Mental (Bertolucci et al, 1994);
* Memória: dígitos ordem direta e inversa;
* Fluência verbal (exemplo: nomear em um minuto todos os animais que lembrar);
* Atenção: aplicar o questionário de atenção disponível no site www.tdah.org.br
* Linguagem: vocabulário de recepção e emissão.
 

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