Como a leitura muda o cérebro?
Nossos cérebros não começam programados para a leitura. Não nascemos com a capacidade de ler. Para aprender a ler, precisamos usar partes do cérebro que evoluíram para fazer outras tarefas.
Pessoas com dislexia têm problemas com isso. No entanto, o ensino da leitura podem levar a grandes mudanças. E a tecnologia nos permite ver essas mudanças.
Veja como aprender a ler muda o cérebro!
Como aprender a ler muda o cérebro
Nossos cérebros não são pré-programados para traduzir letras em sons. Aprendemos a ler reaproveitando partes do cérebro destinadas a fazer outras coisas – processamento visual, compreensão da linguagem e produção da fala.
Os pesquisadores estudam essas áreas usando um tipo de “imagem cerebral” chamada ressonância magnética funcional.
O córtex temporoparietal e o córtex frontal inferior desempenham papéis importantes no processamento fonológico. Essas áreas nos ajudam a pronunciar as palavras que estamos vendo. O córtex occipito-temporal ajuda a reconhecer as palavras pela visão. À medida que reconhecemos mais palavras, conseguimos ler mais rápido.
Essas três áreas estão envolvidas na leitura, não importa o idioma em que as pessoas leiam. E diferenças nessas áreas são encontradas no cérebro de pessoas com dislexia em todo o mundo.
Como o cérebro funciona de maneira diferente em pessoas com dislexia
As partes do cérebro envolvidas na leitura não funcionam da mesma maneira em pessoas com dislexia como em outras pessoas. Algumas áreas são menos ativas!
À medida que as habilidades de leitura melhoram com o ensino, a atividade cerebral aumenta em áreas-chave do lado esquerdo do cérebro.
O ensino da leitura também leva a mudanças no lado direito do cérebro. As mudanças no lado direito do cérebro podem ajudar a compensar as fraquezas do lado esquerdo. Precisamos de mais pesquisas para descobrir se todas essas mudanças, nos lados esquerdo e direito do cérebro, precisam acontecer para que as habilidades de leitura melhorem.
O que ainda não sabemos sobre leitura e dislexia
Os pesquisadores têm usado uma variedade de ferramentas para aumentar nossa compreensão da leitura e do cérebro. Mas ainda há muitas perguntas. Os cientistas estão trabalhando para descobrir quais diferenças cerebrais causam dislexia – e quais são causadas por ela.
Anatomia do cérebro: os pesquisadores não sabem ao certo por que certas partes do cérebro são diferentes em pessoas com dislexia. Mas a anatomia do cérebro muda quando eles recebem ensino intensivo de leitura.
Seus cérebros criam mais matéria cinzenta e matéria branca. A massa cinzenta contém as partes das células cerebrais (neurônios) que se comunicam entre si. (Eles fazem isso enviando sinais elétricos através de um espaço minúsculo chamado sinapse). A matéria branca conecta a matéria cinzenta em diferentes partes do cérebro.
Química do cérebro: pessoas com níveis mais altos de certos neurotransmissores têm maior probabilidade de dificuldade para ler. Esses níveis podem tornar mais difícil para as células cerebrais enviarem sinais elétricos. Mas é muito cedo para saber se uma possível medicação pode ajudar.
Ondas cerebrais: quando grupos de células cerebrais sincronizam seus padrões de disparo, essa atividade elétrica é chamada de onda cerebral. Diferentes padrões rítmicos podem afetar a maneira como as pessoas com dislexia processam os sons.
É importante observar que a imagem cerebral ainda é apenas uma ferramenta de pesquisa. Os pesquisadores não contam ainda com “varreduras cerebrais” para diagnosticar a dislexia!
Informação muito importante. Com certeza precisamos saber o que realmente causa a dislexia.
Obrigada pela mensagem!
Meu filho e disléxico ,e tem dificuldade em ler e conta dinheiro .mas se a pessoa não conhece acha ele muito inteligente . pois nem parece .e quando falo eles nem acreditam
Eu tenho dislexia e quando eu consegui aprender o som do x com som de ks, tudo mudou, parece q ativei alguma coisa no meu cérebro, parece q o lado direito e esquerdo se conversaram e tudo q eu tentei aprender por toda vida vinha que nem ondas, sei lá, foi mágico.
Obrigada por compartilhar a sua história Luciane!